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Tireoide em Crianças

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Para que serve a tireoide?


Essa glândula em forma de borboleta localizada na base do pescoço produz hormônios que atuam por todo o corpo, ajudando a regular funções de órgãos vitais, como coração, cérebro, fígado e rins.

Na criança influencia tanto o crescimento e o desenvolvimento, como os ciclos menstruais, o peso e até o humor.

 

Quais os principais problemas relacionados à glândula?
 

Em qualquer momento da vida, a tireóide pode apresentar diminuição ou aumento da produção destes hormônios – respectivamente, o hipotireoidismo e o hipertireoidismo.

Na faixa pediátrica, o mais comum é o hipotireoidismo, e especialmente o congênito (de nascença), que afeta um a cada 4 mil nascimentos. As causas variam desde uma tireóide pouco funcionante até a ausência congênita da glândula. Já o hipotireoidismo adquirido, que atinge uma a cada 6 mil crianças, acomete principalmente em meninas entre 11 e 15 anos.

O hipertireoidismo infantil, por sua vez, é bem menos frequente, e acomete uma em cada 4 milhões de crianças.

Alterações na tireoide também são frequentes em crianças com síndromes como as de Down e de Turner.

Já nódulos e até câncer são raros na infância.

Quais os sintomas do hipertireoidismo?

As principais características observadas em crianças com hipertireoidismo é a aceleração do crescimento, agitação, aumento do funcionamento do intestino, sudorese, tremores e taquicardia.

 

Quais os sinais do hipotireoidismo?

Nos bebês, choro roucoprisão de ventre, hérnia umbilical, aumento do tamanho da língua, dificuldade para mamar, icterícia (pele amarelada) prolongada e reflexos reduzidos.O sintoma mais temido é o atraso no desenvolvimento neurológico, que fica evidente a partir dos 6 meses. Esta complicação é facilmente prevenível através da detecção precoce da condição pelo teste do pezinho e início imediato do tratamento.

Já nas crianças maiores, a principal característica é a diminuição da velocidadede crescimento, acompanhado de constipação intestinal, sonolência e dificuldades escolares.

 

Quais as causas das disfunções da glândula?

As doenças tireoidianas são hereditárias na maior parte dos casos, e geralmente está relacionada a uma doença autoimune chamada tireoidite de Hashimoto.

Já o hipertireoidismo quando de origem autoimune, é chamado de doença de Graves. Por isso, se houver histórico familiar de problemas na glândula, converse com o seu pediatra.

 

Com que frequência é preciso examinar a tireoide?

O exame de sangue para dosagem dos hormônios tireoidianos só é solicitado em situações especiais, como quando existe histórico familiar de doenças tireoidianas, ou se a criança apresentar algum sintoma que sugere doença tireoidiana.

Alterações pequenas nos níveis hormonais não são motivo para preocupação, uma vez que podem ser causadas até mesmo pelo estresse provocado pela coleta de sangue ou por medicamentos que a criança fez uso recentemente.

 

Como é o tratamento?

Na maior parte dos casos, basta um medicamento de uso oral, cuja dose é ajustada de acordo com o paciente, para repor (hipotireoidismo) ou bloquear (hipertireoidismo) a produção hormonal.

iodoterapia também é uma opção segura para o tratamento do hipertireoidismo, bem como a cirurgia para retirada do tecido tireoidiano hiperfuncionante.

 

Como é feito o diagnóstico?

Teste do Pezinho, feito ainda na maternidade, gratuitamente, em todo o país, detecta o hipotireoidismo congênito. Quando detectada a alteração do TSH no teste, o paciente deve ser submetido ao exame de sangue e se confirmada a deficiência na produção do hormônio tireoidiano, deve-se iniciar imediatamente a reposição do mesmo. Idealmente o diagnóstico e início do tratamento devem ser feitos nos primeiros 15 dias de vida, pois o tratamento tardio pode levar a agravos neurológicos permanentes.

Nos mais velhos, o pediatra também pode detectar alterações na glândula no exame clínico através da palpação. Mas a confirmação depende de exame de sangue para avaliação dos hormônios tiroidianos e em casos específicos, ultrassom do pescoço pode ser necessário para descartar a presença de nódulos e outras patologias mais raras.

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